O segundo dia de celebração aos 200 anos de imigração alemã no Brasil reuniu convidados para uma noite especial de homenagem à arte e à fusão das gastronomias gaúcha e alemã no Kempinski Laje de Pedra.
Sob o martelo de José Luis Santayana, da Santayana Leilões, a noite iniciou com o leilão beneficente que arrematou obras de arte e objetos doados pelo Instituto Cultural Laje de Pedra, artistas convidados e pessoas físicas. O valor arrecadado irá colaborar com a recuperação do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, lar do maior acervo memorial da imigração alemã na América Latina, que foi fortemente afetado pela enchente de maio deste ano.
No certame, foram vendidos mais de 70% dos 70 lotes oferecidos. Entre as obras de arte arrematadas, destaque um painel Jaguaretê, da série Fauna Guarani, do artista gaúcho Xadalu Tupã Jekupé, escultura de João Otto Klepzig e fotografia de Fernando Bueno.
Outra venda comemorada foi a do painel de Heloisa Crocco (Sem título, da Série Aramados 1), elaborado a partir de madeira de reaproveitamento de cercas das estâncias do Pampa, uma das doações do Instituto Cultural Laje de Pedra ao leilão.
Jantar reúne chefs do Kempinski de Berlim
Após o leilão, os convidados passaram ao Restaurante 1835 Carne e Brasa, uma das nove operações gastronômicas do futuro Kempinski Laje de Pedra - que já está de portas abertas no espaço que antecipa a experiência do empreendimento.
As boas-vindas foram de Kristin Zaunick e Denis Hysa, chefs do Hotel Adlon Kempinski Berlin, que criaram um menu especial e exclusivo para a ocasião. Os pratos homenagearam a união das gastronomias alemã e gaúcha, em uma fusão de iguarias típicas das duas culturas.
As entradas foram um tartar de robalo com creme de raiz-forte e pão de centeio Pumpernickel, uma sopa de batata, sour cream e cebolinha, e mini almôndegas berlinenses com salada de repolho e óleo de linhaça.
Os pratos principais contemplaram um bife de entrecot grelhado mal passado, manteiga de ervas e abóbora refogada, uma variação de batata com gema de ovo (panqueca, purê, chips) e uma truta confitada, purê de feijão, salada de pepino e endro.
De sobremesa, os chefs preparam um “Kalter Hund” com geléia de frutas vermelhas (especialidade da cozinha berlinense com biscoito amanteigado e ganache de chocolate amargo) e um bolo crumble de jabuticaba e espuma de baunilha.
"O que mais me encantou na gastronomia gaúcha definitivamente foi o churrasco. Estou tentando trazer algo com essa inspiração para a cozinha de Berlim", exaltou o chef Denys, que cresceu em Mykonos, na Grécia, e tem passagem pelo Patio, restaurante ateniense com estrela Michelin.
"Sou um apaixonado por trabalhar com ingredientes frescos e por combinar a comida mediterrânea com outras culturas, como, agora, a comida alemã mediterrânea. Estava muito animado em aprender e saborear a culinária brasileira", afirma.
Kristin Zaunick é alemã, e tem passagens no Best Western Plus Hotel Bautzen e Interalpen Hotel Tyrol antes de ser a primeira confeiteira na cozinha do Hotel Adlon Kempinski Berlin. Fazer as pessoas felizes com a comida foi e é sua maior paixão.
"Quis trazer para esse evento pratos e elementos afetivos. A combinação de pepino e feijão, por exemplo, é algo que a minha vó fazia muito na minha infância. Então trouxe uma versão mais contemporânea dela para o menu de hoje", finaliza a chef.
Além de degustar o menu exclusivo, os convidados contemplaram a apresentação de Laura Dalmás, solista gaúcha que, recentemente, realizou shows na Europa.